Estou ou Sou Líder?
- Jussara Ribeiro
- 20 de ago.
- 3 min de leitura
Atualizado: 21 de ago.
Vamos refletir sobre a diferença entre ocupar um cargo e exercer a verdadeira liderança?
Nem toda pessoa em posição de liderança é, de fato, um líder. Muitas vezes, encontramos profissionais que ocupam cargos de gestão, mas que não possuem preparo, desejo ou habilidades necessárias para inspirar, desenvolver e conduzir pessoas.
Essa diferença entre “estar” e “ser" líder" gera impactos diretos no clima organizacional, nos resultados e, principalmente, no bem-estar das equipes.

Em muitas empresas, há uma realidade silenciosa, mas que impacta profundamente pessoas e resultados: líderes que estão no cargo, mas não são verdadeiramente líderes.
Alguns profissionais “estão” líderes por indicação, tempo de empresa, por competência técnica em sua área, e há ainda aqueles que simplesmente “não podiam dizer não” quando a oportunidade apareceu.
Mas o que eles têm em comum?
Falta de preparo para lidar com pessoas. E os resultado não são nada bons.
Equipes conduzidas por pessoas que não escolheram liderar, não se prepararam para isso e, muitas vezes, não desejam essa responsabilidade, acabam desmotivando as pessoas, não inspiram confiança e por isso geram um ciclo de insegurança, que prejudica tanto quem lidera quanto quem é liderado.
O papel da empresa: responsabilidade compartilhada
A responsabilidade não recai apenas sobre o líder que não queria liderar.
É papel da empresa criar caminhos de desenvolvimento, oferecer capacitação contínua e alinhar expectativas antes de promover alguém a uma posição de liderança.
Sem esse cuidado, os riscos de colocar pessoas despreparadas são altos e recaem diretamente sobre os resultados.
Deixar uma pessoa “não líder” a frente da equipe ou times, além dos resultados já mencionados, provavelmente criará barreiras de comunicação, dificultando a colaboração e podendo gerar sobrecarga emocional nos times.
ATENÇÃO: Esses resultados são totalmente contrários as novas exigências da NR-1.

Promover alguém por desempenho técnico, sem preparar para as habilidades humanas exigidas na liderança, é colocar em risco tanto a pessoa quanto a equipe.
Por isso a empresa tem papel crucial em:
Escolher com critério quem assume cargos de liderança.
Oferecer formação contínua em competências socioemocionais.
Criar espaços de apoio, para que líderes não liderem sozinhos.
Fomentar uma cultura de feedback, onde erros possam ser ajustados antes de se tornarem problemas maiores.
Impactos invisíveis, mas profundos
Quando a liderança é exercida sem preparo ou sem vontade, as consequências vão além dos indicadores de desempenho.
Aumento de rotatividade;
Desmotivação coletiva;
Perda de talentos;
Desalinhamento com a cultura da empresa.
Quando se “está líder”
Quando alguém apenas está líder, o cargo é visto como um título ou imposição.
Esse perfil costuma delegar sem engajar; cobrar resultados sem inspirar; centralizar decisões; por insegurança ou falta de preparo; confundir autoridade com autoritarismo; gerando distanciamento e ignorando o desenvolvimento da equipe, porque enxerga apenas metas e processos.
Enquanto outros “São líderes”
Já o verdadeiro líder é aquele que escolhe a responsabilidade de servir, orientar e inspirar.
Esse perfil se caracteriza por escutar ativamente e valorizar a voz da equipe; tomar decisões difíceis sem perder o cuidado humano; inspirar pelo exemplo, não apenas pelas palavras e reconhecer talentos, promovendo crescimento individual e coletivo.
“Enquanto o “estar” se sustenta apenas pelo cargo, o “ser” se manifesta na presença diária, no cuidado com pessoas e no impacto positivo nos resultados.”
Conclusão - Do “estar” ao “ser” líder
Transformar quem apenas “está” em quem realmente “é” líder exige intencionalidade.
Exige treinamentos, espaços de reflexão e acompanhamento próximo. Mas, acima de tudo, exige olhar humano: reconhecer que liderar não é apenas comandar, mas sim cuidar, inspirar e caminhar junto.
O cargo pode fazer alguém “estar como líder”, mas apenas o compromisso com pessoas faz alguém “Ser Líder”.

E para finalizar deixo três perguntas para você:
Você está ou é líder?
E a sua empresa, está apenas promovendo cargos ou realmente formando líderes?
Na sua empresa, existem mais pessoas que “estão” ou que realmente “são” líderes?
Se precisar de ajuda, estamos sempre por perto e à disposição.
Abraço, j.
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